É a exposição que faz a abertura do 3º FESTIVAL SESC PARAÍBA DE MÚSICA – 2025
Este é o título da nova exposição do artista plástico paraibano Rodrigues Lima, que
estará aberta ao público, a partir desta segunda-feira (02/06), as 14:00h, no Centro da
Cultura de Areia. Através de suas pinceladas, o artista explora os traços comuns dessas
cidades, destacando como a configuração do solo, as formações rochosas influenciam as
dinâmicas sociais e culturais de seus habitantes. Ao percorrer essas paisagens, os
trabalhos revelam conexões entre os espaços naturais e construídos, pontuando as formas
de ocupação e os modos de vida que se desenham sobre o território.
O paraíso de Rodrigues Lima – Óleo sobre tela 60X80 na exposição
A exposição busca também evidenciar como a identidade dessas cidades se constrói na
interseção entre elementos naturais e ações humanas. Ao investigar os contornos das
serras inseridas na paisagem, Territórios Entrelaçados convida o público a refletir sobre
o papel da geografia na formação do pertencimento e na construção das narrativas locais.
Com um conjunto de obras que capturam a essência do território paraibano, a mostra
revela como o Distrito de Serra Velha em Itatuba e a cidade de Areia, embora distintas,
compartilham raízes profundas, estruturadas pelo mesmo solo e moldadas pelas mesmas
forças naturais. Dessa forma, o artista nos leva a perceber que o relevo e a topografia não
são apenas elementos físicos da paisagem, mas também agentes que desenham o
imaginário coletivo e a memória cultural dessas cidades.
A partir de um olhar sensível sobre as semelhanças entre relevo e topografia desses
territórios, a exposição propõe uma reflexão sobre como a geografia molda a vivência e
a memória urbana. A amostra é composta por sessenta obras, em variadas dimensões, nas
técnicas: óleo, acrílico e carvão vegetal sobre tela. É um recorte da produção de
Rodrigues, entre 2014 e 2025, que de maneira versátil em seu cromatismo, traduz muitas
das suas memórias de infância, vivenciadas em Serra Velha, fazendo uma conexão
poética e estética com a topografia da região do Brejo de Areia-PB.
Em suas cores, o artista encontra uma maneira muito particular e pessoal, de representar
as cores do Brejo e do Agreste paraibano em uma mesma paleta.
Na concepção de Lima, esses dois territórios estão plasticamente conectados e
entrelaçados, de modo que se fundem em muitos aspectos: a exuberância e
diversidade dos verdes; pela variedade de frutos e vegetação; a perspectiva
atmosférica que educa o olhar para uma meditação contemplativa, capaz de
conectar o homem ao Sagrado em cada observação. Ainda nas palavras do artista,
“essa conexão inspiradora também pode ter relação com o privilégio de poder
contemplar a mesma paisagem que em outrora, também foi cenário de observação
e inspiração de um dos maiores pintores da história do Brasil, nosso eterno Pedro
Américo, filho ilustre de Areia”
Por essa razão, em uma das suas obras da exposição, Rodrigues faz uma
homenagem ao mestre Pedro Américo, emergindo dos vales sagrados de Areia,
também executando uma pintura que remete ao “Grito do Ipiranga”. Nesse contexto
de entrelaçamentos e memórias, se estabelece também uma conexão
plástico/poética entre Rodrigues e o pintor neoclássico areiense Pedro Américo. Os
caminhos percorridos por Rodrigues em Serra Velha, quando criança, explodem em
forma de cores que saltam aos olhos do espectador. São lajedos, árvores, frutos e
veredas que compõem um universo que ganham plasticidade, cores e formas em
sua harmoniosa composição. Uma das pinturas expostas, faz referência à “Pedra
do convento”. Segundo as lendas contadas pelo seu avô materno, é nesta rocha
gigante que estão guardados os mistérios e muitos tesouros escondidos. Um
canteiro de memórias e curiosidades, cultivadas por Rodrigues Lima ao longo de ua
trajetória artística.
Pintura “Pedra do contento” Óleo sobre tela 40X50
Entre as obras da exposição, esta faz
uma alusão poética às suas
memórias afetivas de Serra Velha:
uma partida de futebol, no “Campo
do pé da Serra” em um dia de domingo.
Evento de rotina
domingueira nas décadas de 1980 e
1990, quando o campo de futebol
ainda era a principal atração para as
famílias de todas as gerações
daquela comunidade, como em
tantas outras semelhantes, também
na região do Brejo de Areia.
–
Na pintura a óleo sobre tela, intitulada “Caminhos de Serra Velha” – 40X50, as cores
vibrantes e a ilusão de tridimensionalidade, instigam o público a uma viagem
É nesse universo que entrelaça lembranças e fantasias, que Rodrigues Lima
proporciona ao espectador da sua obra, um mergulho imaginário sobre suas
emoções, que transcendem os espaços geográficos entre Itatuba e Areia, para uma
dimensão universal.
Fotos e imagens Atelier Lima
Por Vavá da Luz / 30 de maio de 2025
Parabéns Lima, por seu inspirador trabalho!
É uma grande honra ver uma colega da mesma profissão brilhando no que faz. Excelente trabalho feito por um profissional que faz a diferença entre os demais. Parabéns, professor.
Parabéns professor lima
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